O Ministério de Minas e Energia informou nesta sexta-feira (3) que o custo de geração de energia no país baixou “acentuadamente” no início deste mês de novembro devido à volta das chuvas mas que, apesar disso, manterá termelétricas mais caras em funcionamento por que isso ainda não se refletiu em melhora no nível dos reservatórios das hidrelétricas.
Na prática, a decisão significa o início do despacho fora da ordem de mérito, ou seja, o governo manterá térmicas mais caras ligadas para preservar os reservatórios das usinas hidrelétricas.
O uso de térmicas mais caras encarece as contas de luz no país. Isso porque o custo de geração de energia sobe conforme se usam mais termelétricas. Esse custo extra é cobrado pela taxa extra das bandeiras tarifárias.
A decisão foi tomada pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), órgão que reúne as principais autoridades do governo no setor. Em nota, o ministério informou que as chuvas ainda não levaram a uma melhora significativa no nível dos reservatórios e, por isso, o comitê decidiu manter ligadas as termelétricas com custo de até R$ 702,50 por MWh durante a semana de 4 a 10 de novembro.
O ministério não soube informar para quanto caiu o custo de geração de energia no país.
A decisão ocorre após os reservatórios do Sudeste e Centro-Oeste, que concentram as hidrelétricas mais importantes do país, fecharem o mês de outubro com armazenamento médio de 17,68%. É o pior outubro de toda a série histórica do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), iniciada em 2000.
Os reservatórios têm registrado quedas consecutivas desde maio de 2017, quando estavam em 43,32%. Em setembro, eles estavam em 24,21%, fechando outubro em 17,71%.
Fonte: https://g1.globo.com/economia/noticia/governo-decide-deixar-termicas-mais-caras-funcionando-para-poupar-agua-de-hidreletricas.ghtml
Por Laís Lis, G1, Brasília
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